PRISIONEIROS


Philcon era a prisão mais bem vigiada de Monfort, o reino mais militarizado de todo o mundo de Rishima. Tyson já estava lá há noves anos. Ele havia sido pego tentando arrombar uma das residências do prefeito, e, por azar, foi pego bem no momento em que tentava arrombar a porta. Após um julgamento, ele havia sido condenado a nove anos e seis meses de prisão. A sentença foi muito maior do que geralmente deveria ser, ele sabia que havia sido injustiçado naquele dia da sentença, muita gente fazia coisas semelhantes e não era condenado com tanto rigor, com certeza tinha algo a ver com prefeito. Tyson sabia que a tentativa de furto era uma jogada arriscada, jurou que se conseguisse fazer o que tinha ido fazer, abandonaria a vida criminosa, pois já teria dinheiro suficiente para cuidar da filha. Só que tudo deu errado; ele foi pego e agora estava preso e longe de sua pequena filha, e já havia se passado cinco anos desde a última vez que a tinha visto.
- Falta pouco para você sair daqui, Tyson – disse Tex, seu companheiro de cela.
- Falta pouco – Tyson concordou. – Mas eu tenho de me manter vivo até lá.
Não era possível saber se era noite ou dia. A solitária era um lugar escuro, úmido e fedorento. Tyson mais Tex haviam ido parar lá por ter se envolvido em uma briga. Os outros envolvidos foram livrados do castigo por serem aqueles que os guardas corruptos colocavam em patamar acima dos outros prisioneiros.
- Sabe que mato qualquer um que se aproximar de você, né? – Tex não enxergava o outro, tateou meio que o chão meio que a parede procurando tocar em Tyson, e não achou.
- Eu posso me cuidar, Tex.
- Você deu sorte de eu ir com a sua cara, parceiro. Senão, você estava ferrado. Você acha que quando sairmos daqui nós não vamos ter mais problemas?
- Eu não posso deixar que a minha pena aumente. Qualquer oportunidade que eles tiverem de me fazer morrer aqui dentro, eles irão querer aproveitar.
Philco era um lugar onde os piores criminosos eram jogados. Lá todo tipo de facínoras eram encontrados. Psicopatas buscavam suas próximas vítimas todos os dias, a cadeia era vigiadíssima, mas não tinha tanta segurança interna, a preocupação era que os prisioneiros não escapassem, lá dentro, eles que se entendessem. Tinha de saber o que falar, com quem falar e quando falar. O mesmo servia para ouvir, as pessoas diziam coisas, e ouvir essas coisas podia ser a causa da próxima.  Quem era quem era difícil saber, tinha de chegar devagar, saber relevar provocações para não morrer no mesmo dia. Quem entrava naquela prisão deixava o futuro à sorte. A loucura afetava vários, e os que não chegavam a insanidade ou era porque possuía uma esperança muito forte e uma grande motivação ou era tão ordinário que passava a querer ser o comandante do local, ser o maioral, aquele que manda e desmanda em tudo. E Tyson criara uma rixa com Onoxx, um dos prisioneiros privilegiados pelos guardas.
- Quando sairmos da daqui de dentro – disse Tex -, aposto que terá alguém na espreita para tentar nos matar.
- Não quero que você se envolva em nada, tá me ouvindo?
- Sua rixa é minha também a partir do momento que eu me envolvi naquela briga, seu idiota. Quando eu enfiei aquela faca no pescoço daqueles miseráveis, eu estava comprando sua briga.
- Sabe que eu não te pedi nada. Eu teria me virado muito bem sozinho.
- Eu sei. Eu fui muito idiota mesmo. Era para eu ter deixado que eles te colocassem de quatro e enfiasse o pênis em seu traseiro. Mas não, eu fui tolo o suficiente para te salvar. Agora você está próximo de sair daqui, enquanto eu vou permanecer nesse inferno, e provavelmente morrer.
Tex tinha parado em Philcon por ter assassinado a própria família. Quando pequeno, ele era molestado pelo próprio pai e também pelos irmãos. Até os dezesseis anos sofrera as agressões, até que chegou o dia em que não aguentou mais e decidiu dar um basta. No meio da noite, enquanto seu pai após ter o violentado já tinha ido dormir, Tex pegou uma machadinha e foi até o quarto do velho. Com uma machadada no pescoço ele matou o pai sem dar chance para que ele gritasse. Estava irado, fora de si. Observou sorridente a morte dolorosa que o pai tinha, depois foi ao quarto dos irmãos. O primeiro alvo foi o mais velho, que também com uma machadada no pescoço foi morto. Os outros dois acordaram e Tex também os matou. No final, ele estava todo banhado em sangue, segurando a machadinha. Assustado com o que tinha feito, saiu da casa. Os vizinhos chamaram a milícia para verificar o caso. E em estado de choque Tex foi levado preso.
Na prisão alguns outros prisioneiros tentaram molestá-lo. E revivendo o passado ele deu um jeito de matar dois deles. Motivo no qual foi transferido para Philcon, a prisão sem saída.
- Quanto tempo acha que sobreviveremos quando sair daqui, da solitária? – disse Tex.
- Um. Talvez dois.
- Tá de brincadeira? Acha isso mesmo? – a escuridão não deixava que Tyson visse a cara de espanto que Tex tinha feito após sua resposta.
- Você é um dos mais perigosos que essa prisão abriga, Tex. Vai ficar com medo agora? Para alguém que já matou várias pessoas, você tá muito afeminado. Eu vim parar aqui por tentativa de roubo, você está aqui por assassinato. Uma morte a mais ou a menos não irá alterar nada em sua ficha.
- Você também já matou, Tyson. Não vem com essa de que é um coitado que está sendo injustiçado. Eu já vi você matando, saiba disso.
- O primeiro homem que eu matei foi aqui dentro. Esse lugar nos abriga a fazer coisas que nós não queremos.
Do lado de fora, passos se aproximavam da porta da solitária. Eles já não escutavam aqueles passos há dois dias.
- Parece que chegou a hora – disse Tex.
O guarda fez um barulho com a penca de chaves, depois deu dois chutes na porta de ferro da sela.
- Eu vou abrir a sela – disse o carcereiro -, se vocês tentarem alguma coisa, irão ficar aí mais uma semana, tão ouvindo?
Os dois responderam positivamente.
A sela foi aberta. A claridade vinda aos olhos incomodava bastante. Eles colocavam as mãos tapando um tanto da visão.
- Vamos. Saiam logo daí! Ou querem ficar aí o resto de suas vidas?
O primeiro a sair foi Tex, Tyson seguiu logo atrás. A sensação de que alguém estava na espreita pronto para matá-los era constante. A cada passo que davam eles achavam que poderia ser o último. O carcereiro ia logo atrás deles, mais três esperavam mais a frente. O caminho ia se estreitando à medida que iam andando pelo corredor. A tocaia mais perto, e mais perto.
E então, nada aconteceu.
Eles chegaram à cela sem que ninguém tentasse lhes fazer algo. No caminho ainda viram os homens de Onoxx acompanhando-os com o olhar. Balançaram a cabeça como se os cumprimentassem, mas eles sabiam que aquilo não significava um cumprimento, e sim uma ameaça.
- Temos de nos preparar para eles, Tyson – Tex caminhava de um lado a outro na cela. Ele possuía alguns punhais feitos de modo rústicos, mas que serviriam para perfurar o corpo de qualquer uma que atentasse contra sua vida.
Os prisioneiros nas celas vizinhas faziam uma algazarra; berravam, batiam com canecas contra as barras-de-ferro da cela, xingavam incessantemente. Quando eles passaram, os prisioneiros os ameaçaram, juravam que eles não durariam até a manhã seguinte. Era como se toda a prisão tivesse sido jogada contra eles.
- Existe uma pessoa que pode nos ajudar, eu acho – disse Tex.
- Quem? – perguntou Tyson, ganhando esperança.
- O Castrado, Tyson. Vou tentar falar com ele.
Tex se chegou para o canto da cela. Castrado era um dos poucos amigos que ele tinha na prisão. Castrado sabia de muita coisa que se passava ali dentro, ganhava a confiança dos outros prisioneiros pagando algumas moedas pelas informações preciosas.
- Castrado? Você tá aí?
- É claro que estou, seu idiota. Onde mais eu estaria? Em casa? – Castrado falava num sussurro, bem baixinho, para ninguém mais escutá-lo. 
- O que aconteceu no tempo em que ficamos na solitária? – Tex também falava baixo, aproveitava o barulho que os prisioneiros faziam para fazer com que eles mesmos ouvissem a conversa.
- Muitas coisas aconteceram. Coisas suficiente para eu não ter tempo de ficar te explicando.
- O que Onoxx fez nesse tempo?
- Deixa eu te falar só uma coisa, companheiro. Suas cabeças valem ouro aqui dentro agora, tá entendendo? Fique ligeiro se quiser continuar vivo. Você e seu amigo.
Tex se virou para Tyson, que tinha ouvido a conversa, e olhou para os punhais. No fundo eles sabiam que por mais que lutassem não teriam como sobreviver. Eram muitos na cadeia que queriam as suas mortes. E agora que valiam ouro, os prisioneiros iriam como urubu para cima deles na primeira oportunidade que tivessem.
- Hei. Tex, Tyson, se aproximem! – a voz era de Castrado.
- O que foi? – perguntou Tyson, se aproximando ao canto da cela.
- Eu posso tirar vocês dois daqui.
Os dois se entreolharam criando um tanto de esperança.
- Como? – perguntou Tyson.
- Na verdade, eu não tenho como tirá-los. Eu só sei uma forma que vocês podem utilizar. Talvez seja a única chance de vocês continuarem vivos.
- O que temos de fazer?
- Calma – disse Tex. – Se você sabe como sair daqui, por que nunca tentou?
- Vocês sabem o que acontece com quem tenta fugir da Philcon e é pego, Tex. Eu não quero morrer. Por isso eu tenho de saber se realmente é possível sair desta prisão. E qual é o único modo de saber? Testando.
- Mas se nós formos pegos, sua rota de fuga será achada e aí vão colocar guardas lá também.
- Com isso, eu vou saber que eu estava certo em testar antes de utilizar.
- Onde está seu companheiro de cela? – disse Tyson.
- Ele é a chave para a saída de vocês desse local. Onde se viu colocar um anão em uma sela de pedra. Eu consegui alguns materiais necessários para ele poder trabalhar, e em pouco tempo ele conseguiu fazer uma rota subterrânea que leva para fora das muralhas. Só que eu não confio nele, não confio em ninguém que nunca dorme. E aquele miserável tem uma doença que não permite que ele durma. Então tenho de testar pra ver se ele fez um bom trabalho. Depois eu vou poder usar a rota para sair daqui quantas vezes eu quiser.
- E por que você estaria no ajudando?
- Ah, aí você chegou ao ponto onde eu queria chegar. O anão diz que a rota ainda não está acabada, mas eu tenho quase certeza que ele tentará fugir ainda hoje. E fugindo, ele fará alguma coisa para que os guardas fiquem sabendo e descubra o buraco em minha cela. E como eles não sabem todos os prisioneiros de cela, pois eles não ligam para nós, aposto que nem repararão na ausência do anão, eles vão achar que fui eu quem criou a passagem. Mesmo que eu diga que foi o anão, eles não irão refletir no assunto. E eles achando que eu estava tentando fugir, me matam na mesma hora.
- A verdade é que você falou e falou, mas não nos deixou claro o real motivo de nos ajudar.
Castrado bufou do outro lado da parece.
- Você tem de melhorar e muito a sua percepção criminológica, Tyson. Se eu falo que vocês deverão fazer algo por mim, e depois digo que o anão pode me ferrar, você ainda me diz que eu não deixei claro o que quero que vocês façam? Lógico que quero a morte dele.
- Isso vai ser fácil – disse Tex. – Pode deixar com a gente.
- Agora fiquem ligeiro por aí. E sobrevivam até daqui a pouco, quando teremos o breve tempo fora da cela.
Tyson se jogou na palha que era sua cama. Tex se encostou, cruzou os braços e encostou a sola de uma das botas na parede. Ele balançava a cabeça como lentamente, como se estivesse ouvindo boa música. A cela fedia a mofo e umidade. E eles fediam a catinga, suor e excrementos. A situação deles era deplorável. Estavam magros, cheios de barba na cara, os dentes apodrecidos. Fora os privilegiados, a maioria das pessoas em Philcon eram assim. Antes, não eram apenas os dois na cela, existia outro prisioneiro. Mas este morreu de uma doença que fazia a pessoas tossir bastante e colocar sangue pra fora. As tosses eram terríveis, e não demorou muito para levar o prisioneiro à morte.
Aquele lugar era um local insistentemente terrível.
Da cela ao lado, os prisioneiros mandavam suas ameaças. Eles não ligavam, agora que tinham a chance de sair dali, os ânimos se tranquilizaram mais.
- E eu que pensei que iria sair daqui como um homem livre – disse Tyson.
- Melhor sair daqui como um homem foragido do que morrer aqui como um prisioneiro. Se você quiser ficar e tentar a sorte pode ficar. Eu que sei que vou embora desse lugar.
- Acaso ouviu dizer que quero continuar aqui?
- Não interessa. Levanta que nossa chance se aproxima.
Vários guarda surgiram para abrir as celas. Estavam armados de espadas longas, vestiam armaduras e usavam escudos. Alguns faziam mira com os rifles, loucos para poder puxar o gatilho. Parte dos guardas usava um elmo padronizado com a marca da caveira. Se algum engraçadinho tentasse fazer qualquer coisa fora dos padrões, seria morto sem nenhuma hesitação. Aqueles homens nunca hesitavam em tirar uma vida de quem eles achavam que mereciam morrer, eles sempre pareciam com sede de sangue, esperando apenas um vacilo, uma oportunidade para matar. E fazê-los achar que alguma pessoa merecia morrer era fácil.
- Vocês dois – disse o guarda apontando Tex e Tyson. – Bora. Movimentação! Rápido!
Os dois começaram a seguir o guarda. Uma fila se formava para seguir andando, e ambos entraram na fila. Com os guardas apontando os rifles ninguém tentaria matá-los. Ao menos assim eles esperavam. Mas o que eles não sabiam era como iriam fazer para entrar na cela de Castrado sem que os guardas notassem. Tinham pouco tempo para ficar fora da cela. E nisso tinha dois pontos negativos. O primeiro era que, pelo o que eles estavam percebendo, não teria como eles se livrarem daqueles guardas para ir à cela de Castrado. O segundo era que naquele pouco tempo fora da cela, eles tinham certeza de que alguém iria tentar matá-los.
Tyson já percebia movimentações estranhas, já se tocava no que aconteceria assim que os guardas se afastassem um pouco mais. Escondia o punhal por debaixo do macacão, na parte inferior, pronto para sacá-lo assim que o primeiro fosse contra ele.
- Vocês ficarão aqui até a segunda ordem. Estão entendendo? – barreou um guarda.
Todos responderam positivo.
O sol queimando a cabeça, o céu azul com poucas manchas cinza. Não existiam ventos para refrescar os corpos, o dia era bastante quente. O ar era árido. Tex mais Tyson percebiam as aproximações dos outros prisioneiros. Tyson levantou a perna para pegar o punhal, disfarçadamente. Tex guardava dois do punhais na cintura. Não havia revista na prisão, os guardas acreditavam que os prisioneiros não seriam tolos o suficiente para tentar algo contra eles. Sabiam que os prisioneiros possuíam armas, mas isso não importava, já que seria usada contra eles mesmos.
Os guardas começaram a se afastar.
- Vocês vão morrer agora, seus vermes – disse um prisioneiro desdentado, se aproximando devagar, segurando uma adaga.
Os guardas se afastavam parecendo que estavam fazendo aquilo de propósito. Tex e Tyson já seguravam os punhais, com os ânimos elevados. Vários outros também começaram a mostrar suas armas e suas vontades de tirar vidas. Onoxx não estava presente no pátio. Com certeza estava em sua cela privilegiada, pensou Tyson. Mas os homens dele estavam. E portavam armas bem feitas, que tiraria suas vidas facilmente. Sentiram a sensação de que a morte era certa. Seriam trucidados como porcos no abate.
Tyson segurou o punhal com mais força e já se preparava para tentar abrir caminho e correr. Mas então, ele sentiu uma adaga beliscar seu pescoço e braços envolver seu corpo, impedindo seus movimentos.
Era Castrado.
Tex foi seguro pelo anão, que chutou seu joelho, fazendo cair, e depois colocou a machadinha em seu pescoço.
- Eles são meus! – disse Castrado.
Depois ele sacou uma pistola e atirou para cima. Aquilo serviria para fazer com que os guardas voltassem. Eles sabiam que os prisioneiros possuíam armas, mas armas de fogo era algo que eles desconheciam que os prisioneiros tivessem. E após o estampido, não demorou muito para que eles retornassem apontando seus rifles e já desembainhando suas espadas.
- Se afastem, seus bostas! – disseram os guardas. – Saiam da frente!
Os prisioneiros abriram espaço. O anão se afastou deixando apenas Castrado segurando a pistola com as mãos para cima e Tyson mais Tex deitados no chão.
Os guardas por pouco não disparam seus rifles. Castrado foi seguro por três guardas e levado para a solitária. As coisas aconteceram muito rápido, nem Tyson nem Tex tinha total certeza do que realmente aconteceu. Não sabiam se estavam livres da morte ou não. Todos haviam recebidos ordens de voltarem às celas. O anão piscou para os dois, abaixou a cabeça e continuou andando.
- Não vamos para nossa cela, Tex – Tyson falou baixo, enquanto andava.
- Como assim? – disse Tex, em mesmo tom.
- Vamos para a cela de Castrado. Os guardas não se importam em qual cela estamos desde que estejamos dentro de uma. Não vamos para a nossa, mas para a de Castrado e o anão.
- E de lá, nós buscamos nossa liberdade.
- Isso mesmo. Buscaremos nossa liberdade.
Como haviam muitos prisioneiros, eles andavam em passos contidos. Ainda temiam receber golpes traiçoeiros, mas após os guardas descobrirem que havia armas de fogo entre os prisioneiros, eles estavam com raiva, só esperando um movimento errado para disparar seus rifles. Ninguém era tão burro de tentar tirar a vida de alguém para ganhar dinheiro sendo que logo depois iria perder a sua.
Quando chegaram próximos à cela observaram os guardas. Viram que eles não estavam ligando em qual cela eles iriam entrar. O anão passou devagar pela frente deles.
- Não pense que vou lhes permitir a chance de mim matar – disse. – Não sou idiota como vocês pensam. Trocaremos de cela. Vocês ficarão na minha e eu na de vocês. Não tenho pressa pra sair daqui. E também quero testar minha rota de fuga.
- Como sabia que nós iriamos te matar? – disse Tex.
- As vozes ecoam nas rochas, e guiam informações aos ouvidos de um anão.
- Como fazemos para achar a passagem? – perguntou Tyson.
- Puxem os tijolos próximos às camas.
Tyson mais Tex entraram na cela. Depois de um tempo, todos os prisioneiros estavam dentro das celas e os guardas já tinham ido embora. Tyson encontrou os tijolos que o anão se referira, e o puxou. Foram retirando os outros até que se formou uma pequena passagem. E não acreditavam no que estavam vendo. Era realmente um caminho. A esperança foi crescendo dentro de seus corações.
- Eu vou na frente – disse Tyson, já se embrenhando pelo buraco.
Tex deu de ombro e seguiu logo atrás. O caminho era grande o suficiente para que o anão, que era largo, conseguisse se arrastar. Então para eles era ainda mais fácil.
A luz mais à frente. A sensação de liberdade se aproximava. Talvez aquilo tudo ensinara a eles o que era ser livre. Eles já podiam respirar um ar melhor.

Comments (1)

Um conto medieval bem bacana, abrangendo um assunto pouco explorável quando é em um cenário medieval.
Gostei.

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